Objetivo é proporcionar transporte e boas condições de hospedagem às 2 mil mulheres de diversas etnias que participarão de evento em Brasília, entre os dias 9 e 13 de agosto; vaquinha virtual para a Marcha das Margaridas ultrapassou meta mínima
Por Priscilla Arroyo
Foi em abril, durante a 15ª edição do acampamento Terra Livre, com milhares de líderes dos povos tradicionais, em Brasília, que as mulheres indígenas decidiram promover um evento para discutir pautas específicas. Assim nasceu a ideia da primeira edição da Marcha das Mulheres Indígenas, entre 9 e 13 de agosto, em Brasília, sob o lema “Território: nosso corpo, nosso espírito”. Depois o grupo irá se juntar à Marcha das Margaridas, em 14 de agosto.
Além do apoio das organizações e recursos próprios das indígenas, o financiamento do evento está sendo feito por meio de uma vaquinha virtual, cuja meta é arrecadar R$ 50 mil para transportar e proporcionar boas condições às 2 mil mulheres que irão ao evento. As doações podem ser feitas até 20 de agosto.
A Marcha das Margaridas teve êxito ao angariar fundos por meio da mesma ferramenta: o financiamento coletivo virtual. O encontro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), arrecadou R$ 131 mil, valor que representa 153% da meta inicial de 80 mil. Mais de mil pessoas contribuíram. O recurso será usado para complementar gastos com transporte e alimentação das 20 mil mulheres que participarão do evento.
Na esteira das iniciativas, a codeputada estadual de São Paulo pelo mandato coletivo da Bancada Ativista PSOL, Chirley Pankará, lançou um financiamento virtual em seu nome com objetivo de levantar R$ 15 mil para levar as indígenas da capital paulista para a Marcha. “Essa é uma das principais demandas das parentes”, diz. “Como não temos verba para isso no gabinete, promovo a iniciativa”.
Foto principal: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Indígenas no acampamento Terra Livre, em abril, em Brasília)