Sojeiro e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi critica “besteiras” ditas pelo governo sobre a China

Ele disse que as declarações prejudicam relações comerciais e relacionamento entre os dois países; Ernesto Araújo e Abraham Weintraub aliaram-se a Eduardo Bolsonaro nos ataques ao país asiatico

Por Alceu Luís Castilho

Em post no Facebook, nesta terça-feira (07), o ex-ministro e ex-senador Blairo Maggi alinhou-se aos críticos das declarações de Ernesto Araújo e Abraham Weintraub sobre a China, que a associaram diretamente ao coronavírus. Sem citar os nomes dos ministros das Relações Exteriores e da Educação, ele classificou as falas e posts de pessoas do governo de “besteiras”, que “prejudicam muito as relações comerciais, o relacionamento e os laços de confiança que ambos governos buscam construir”.

Weintraub fez e apagou um post no Twitter em que debochava da China com uma imagem — desautorizada pela Maurício de Sousa Produções — da Turma da Mônica. Depois, diante de mais uma resposta contundente do embaixador chinês (que já se manifestara contra posicionamentos do deputado paulista Eduardo Bolsonaro), ele disse que se desculparia, com uma condição, “que vendam mil respiradores para o Ministério da Educação pelo preço de custo”.

A China acena com retaliação comercial, segundo o UOL.

Maggi é um dos maiores produtores de soja do mundo. É o principal nome da bilionária AMaggi, empresa familiar que divide com a mãe e irmãos. Ele foi ministro da Agricultura durante o governo Temer. Em 2010, na última eleição em que participou, possuía um patrimônio de R$ 152 milhões.

Confira o post do político:

No dia 29 de março, Maggi já tinha defendido a quarentena em tempos de coronavírus:

— Este momento é de ficar em paz, saia dos grupos de WhatsApp que estão te infernizando a vida, trazendo excesso de informações e muitas delas, que não condizem com a realidade dos fatos. Nem nossos governantes estão se entendendo mais! Os problemas que virão são sérios, isso não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona, teremos que estar preparados e participar. Para isso, o mínimo de discernimento e serenidade são mais que necessários. Nada de histeria e brigas.

Foto principal: Maggi, Temer e outros ministros em debate sobre a China. (Divulgação)

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