Agroecologia contribui para os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, diz pesquisa

Estudo realizado em 22 países africanos identificou o combate à fome como principal resultado do modelo adotado pelos agricultores; respeito aos ecossistemas e ao conhecimento dos indígenas foram outros itens analisados

Uma análise de 50 estudos de caso em 22 países africanos mostra a contribuição da agroecologia para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, da ONU, conforme as metas ampliadas em 2015. Ela tem potencial para promover a soberania alimentar, conservar a diversidade e respeitar as inovações e conhecimento dos agricultores indígenas.

A pesquisa foi feita por Michael Farrelly,do Movimento de Agricultura Orgânica da Tanzânia, e publicada em setembro pela revista trimestral holandesa Farming Matters, nesta edição totalmente dedicada à agroecologia.

Entre as Metas do Milênio identificadas, a Fome Zero apareceu em todos os casos analisados. Em seguida vieram a Produção e o Consumo Responsáveis, com 66% (33 casos), e a Vida Sobre a Terra, também com 66%, uma meta relacionada ao uso sustentável dos ecossistemas. A Educação de Qualidade aparece depois, com 62% dos casos.

“Nossa fazenda era muito pobre”, contoou ao autor o agricultor Celestino Ndungu, do Quênia. “Por três anos não usamos qualquer fertilizante químico ou pesticida. Antes comprávamos vegetais para a família, agora vendemos vegetais, frutas e outras colheitas”.

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