Indústria da soja rejeita moratória no Cerrado

Associação que representa o setor, Abiove, não vê crise que justifique restrição, e diz que o bioma ainda tem uma área do tamanho do Reino Unido, 25 milhões de hectares, para o cultivo do grão

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais divulgou nesta segunda-feira (24/10) nota contra a moratória da soja no Cerrado, ideia defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, na comemoração dos dez anos da moratória da soja na Amazônia – que restringe a compra, por empresas, de produtos oriundos do desmatamento.

A Abiove considera a medida desnecessária porque, em 2006, “a governança ambiental pública era incipiente e o desmatamento se encontrava em patamares elevados”. “Não há uma situação de crise que justifique uma Moratória para o bioma”, diz a associação.

A assoociação  diz defender o desmatamento ilegal zero no Cerrado, a partir dos instrumentos já existentes, como o Código Florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

E afirma que há considerável área de pastagens degradadas no bioma “que poderá ser utilizada para o cultivo de soja”. Mais precisamente 25,4 milhões de hectares – algo como o tamanho do Reino Unido “com alta aptidão para a expansão da produção agrícola”.

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