Europa: ONGs coletam 1 milhão de assinaturas contra glifosato

Quarenta organizações se reuniram ontem em cidades europeias para lançar, em 15 países, campanha pela proibição do agrotóxico

Madri, Roma, Paris, Berlim e Bruxelas lançaram, na manhã desta quarta-feira (08/02), manifestações pela proibição do agrotóxico glifosato, o mais utilizado na Europa – e no Brasil. Dezenas de organizações começam a reunir 1 milhão de assinaturas para que a Comunidade Europeia possa ouvir a demanda e dar a elas uma resposta formal.

Em Madri, segundo a ONG Amigos de la Tierra, os ativistas disfarçaram-se de tomate, milho, berinjela e insetos e foram atacados pelo glifosato. Eles também pedem mudança no processo de aprovação de pesticidas e o estabelecimento de metas para  redução do uso dos venenos na União Europeia.

“Precisamos mudar o modelo de nossa agricultura e alimentação”, afirmou Bianca Ruibal, responsável pelo setor na Amigos de la Tierra. A organização lembra que, em 2015, a Organização Mundial da Saúde classificou o glifosato como “provável causador de câncer em humanos”.

Ao fundo, o Coliseu, em Roma (Foto: Greenpeace)

A Iniciativa Cidadã Europeia reúne diversas outras organizações. Uma das mais conhecidas delas é o Greenpeace. “Este ano finalmente temos a oportunidade de tirar o glifosato de nossos campos e de nossos pratos”, afirmou em seu site o Greenpeace italiano. A ONG destacou também a contaminação de águas pelo agrotóxico.

As organizações têm um ano para recolher as assinaturas, em pelo menos sete países da União Europeia. Mas a mobilização ocorre em 15 países.

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