Desmatamento na Amazônia promove seca no país, aponta pesquisa

Estudo publicado na Scientific Reports demonstra, matematicamente, como o desmatamento afeta o clima no continente sul-americano

Um artigo publicado este mês pela revista Scientific Reports, elaborado por físicos da USP, da Escola Normal Superior, em Paris, e do Instituto Postdam para Investigação do Impacto Climático, na Alemanha, apresenta resultados, por meio de uma equação matemática, comprovando como o desmatamento da floresta tem afetado o clima do continente sul-americano.

A equação matemática aplicado no estudo se chama “Técnicas de sistemas dinâmicos e redes complexas” e é usada para explicar como funcionam os neurônios no cérebro, a bolsa de valores, doenças virais e a contaminação transmitida por mosquitos. Para entender se os 700 mil km² desmatados na Amazônia brasileira desestabilizaram chuvas e promoveram a seca no país, o canal Ciência USP produziu um vídeo didático detalhando cada ponto da pesquisa.

O físico Henrique Barbosa explica no vídeo, com cálculos matemáticos, como o desmatamento afeta a emissão e retenção de gases e a evapotranspiração – responsável pelas chuvas que a Amazônia e outras regiões recebe.

“Quando troca uma floresta por uma pastagem a evapotranspiração muda. (…) Se tem muito desmatamento, os ventos acabam secando e aí quando ele chega numa região que tenha floresta mais para frente a quantidade de chuva vai ser menor por que não há umidade suficiente”, explica Barbosa.

Veja a vídeo-reportagem de Fabiana Mariz aqui:

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