Vídeo emiuça relação entre Teori Zavascki e Carlos Filgueiras e o conflitoso contexto ambiental
Por que a imprensa já se esquece de Paraty? Com quem voava o ministro Teori Zavascki? Quem era o empresário – e fazendeiro – Carlos Alberto Filgueiras? Por que ele tinha uma ilha, se as ilhas pertencem à União? Por que a mídia não fala de uma fazenda do empresário, em Paraty, que também pertenceria à Marinha? As conexões entre o ministro e Filgueiras eram estritamente republicanas? O que tem a ver o ambiente – e Paraty – com a tragédia que chocou o país no dia 19 de janeiro? E qual a relação do acidente com o tema deste observatório sobre agronegócio, a questão agrária?
Essas são as perguntas que abrem a primeira edição, em novo formato, do “De Olho TV“. Após uma sequência de programas, desde setembro, baseados em uma grande entrevista, o observatório aposta agora em um roteiro mais enxuto, com algum apelo didático e ênfase em um grande tema – no caso, o acidente que chocou o país no dia 19 de janeiro, com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele morreu em companhia do dono do avião, o empresário Carlos Alberto Filgueiras. Em um território muito peculiar, Paraty. Destino de ricos, em fins de semana e feriados, em praias, fazendas e ilhas com um perfil que poderia ser bem mais público – e transparente – do que se revela.
Paraty tem um histórico de conflitos sociais e ambientais. Comunidades quilombolas, povos indígenas e pescadores acostumaram-se, ao longo da história, em assistir a um processo predador de apropriação do território e dos recursos naturais.
É nesse contexto que Filgueiras despontou, adquirindo terras na região. O território onde Zavascki morreu, queiram ou não os defensores de uma visão “técnica” nas decisões de Justiça, era também um território político.