Trabalhadores e vizinhos afetados pela produtora de glifosato relatam 200 casos de doenças e mortes no bairro Química, em San Nicolás, na província de Buenos Aires; planta pertence à Atanor, da multinacional Albaugh
A agência de notícias argentina lavaca informou na terça-feira que a fábrica de agrotóxicos de San Nicolás da empresa Atanor teve um de seus setores fechados por ordem judicial, após ser comprovado que jogava produtos químicos no Rio Paraná. Trabalhadores e vizinhos afetados reclamavam havia sete anos, segundo a publicação. “Eles denunciam 200 casos de enfermidades e mortes no bairro Química. O caso mais recente é o de uma menina de 6 anos, por leucemia”.
A Atanor pertence à multinacional Albaugh, atuante também no Brasil. É a segunda maior produtora do agrotóxico glifosato na Argentina.
O juiz proibiu a entrada na fábrica de caminhões que cheguem a San Nicolás – na província de Buenos Aires – de outras unidades da Atanor. E determinou que a empresa solicite autorização para qualquer veículo de carga que entre na fábrica, informando ao juiz os produtos que carrega.
O advogado Walter Ibarra, da ONG Protección Ambiental del Río Paraná, informou ao Izquierda Diario que há 12 anos a comunidade reclama da contaminação do rio.
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