Sinal verde para a Monsanto: EUA adiam testes de glifosato nos alimentos

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Apesar de ser provavelmente cancerígeno, a agência de segurança alimentar dos EUA não inclui em seus testes o glifosato, agrotóxico mais utilizado no mundo

O teste de resíduos de glifosato nos alimentos foi suspenso, nos Estados Unidos, retardando a primeira iniciativa da agência que regula a segurança alimentar no país, a Food and Drug Administration (FDA), para analisar a presença do agrotóxico na dieta dos norte-americanos.

A FDA criou uma equipe especial para analisar resíduos de glifosato nos alimentos, no início do ano, depois de ter sido criticada pela autoridade fiscalizadora do governo (U.S. Government Accountability Office) por não incluir o glifosato em suas análises anuais de pesticidas. O glifosato é o herbicida mais usado no mundo  e é um ingrediente chave do produto principal da Monsanto, o Roundup. Está sob investigação desde que especialistas em câncer da Organização Mundial de Saúde declararam, no ano passado, que o agroquímico é um “provável carcinogênico humano”.

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A agência justifica o atraso por dificuldades diante de desacordos quanto à definição de uma metodologia padrão a ser usada por seus laboratórios. Questões de equipamento também têm sido um problema, alega a FDA, que não definiu data para retomar a iniciativa.

Assim como a Anvisa, no Brasil, a FDA nunca incluiu o glifosato em seus testes anuais de alimentos. Também não testa o 2,4-D, fato igualmente criticado pela autoridade fiscalizadora dos EUA. Os testes para resíduos de 2,4-D estão sendo demandados porque seu uso deve crescer com a comercialização de novos herbicidas que combinam glifosato com 2,4-D – uma combinação cujos efeitos levantam sérias dúvidas.

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