A proteção da posse de áreas indígenas é um investimento de baixo custo e pode trazer um altíssimo retorno. Um estudo do World Resources Institute mostra que áreas florestais indígenas de países da Amazônia poderia gerar benefícios econômicos que, só no Brasil, ultrapassariam US$ 1 trilhão em 20 anos – exatamente o tempo que o governo Temer pretende congelar os gastos públicos.
A pesquisa realizada no Brasil, Colômbia e Bolívia mostra redução do desmatamento nas áreas indígenas onde a posse de terra é garantida. Só no Brasil, entre 2000 e 2012, a devastação foi 40% menor. Com isso, os autores calculam o elevado custo-benefício do investimento na proteção de terras. Eles consideram a economia com a redução das emissões de carbono e a preservação de serviços de conservação do ecossistema (como água limpa, biodiversidade e ganhos com turismo).