Valor fala de expansão do escoamento do agronegócio pelos rios da região; comunidades ribeirinhas questionam na Justiça barcaças da Bunge e do grupo Amaggi, alegando contaminação da água e incômodo causado pelo cheiro de soja podre
Abre da página de Agronegócios do Valor Econômico nesta quinta-feira (08/09): “Escoamento de grãos pelo Norte terá forte expansão em 2016/17“. Sobre o início de operações portuárias em Barcarena (PA) pela empresa Hidrovias do Brasil e por uma joint venture entre ADM e Glencore.
Os efeitos das barcaças na população ribeirinha compõem os dois últimos parágrafos de um segundo texto, sobre “incidentes em Barcarena”: os problemas logísticos enfrentados pelas empresas Bunge/Amaggi e Hidrovias do Brasil.
A multinacional estadunidense Bunge e a Amaggi – a empresa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi – operam juntas as operações no corredor fluvial Mirirituba-Barcarena. Elas teriam subestimado as características do Rio Pará. E, em 2015, as barcaças foram danificadas, diante da agitação da água – similar à do oceano. Aí passaram a direcionar os comboios para um braço do rio chamado Furo do Arrozal.
Um advogado que representa as comunidades de Fazendinha e Jesus de Nazaré entrou na Justiça contra as barcaças, informa o jornal, “alegando que prejudicam a atividade pesqueira dos ribeirinhos e contaminam a água”. Diz o Valor: “A argumentação se baseia no incômodo gerado à população pelo cheiro de soja apodrecida à época do incidente da Bunge/Amaggi”.