Entre os deputados da FPA, 31 derrubaram Dilma e votaram contra Temer em 2017

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Brasília - O presidente Michel Temer recebe o deputado Nilson Leitão (PSDB/MT), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA e diretoria (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Levantamento do observatório mostra como os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária agiram durante o impeachment e na denúncia contra o presidente, em agosto

Por Alceu Luís Castilho

A maioria dos deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária fez uma opção casada: derrubar Dilma Rousseff, em 2016, e salvar Michel Temer, em agosto. De Olho nos Ruralistas começou a contar essa história aqui: “Frente Parlamentar da Agropecuária compôs 50% dos votos do impeachment e 51% dos votos para manter Temer“. E continuou aqui: “Conheça os 124 deputados da FPA que derrubaram Dilma e mantiveram Temer“.

Mas 31 membros da FPA – a face mais organizada da  bancada ruralista – votaram tanto no impeachment de Dilma, em abril do ano passado, como no prosseguimento da denúncia contra o presidente Temer por corrupção passiva, em 2017.

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Pelo menos três desses nomes causam mais surpresa. São o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), um dos membros mais atuantes da FPA, Jerônimo Goergen (PP-RS) e Mandetta (DEM-MS). O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi outro destaque, por ter sido ministro da Justiça no início do governo Temer e expoente jurídico da bancada ruralista.

Chama também a atenção a quantidade de deputados capixabas – cinco – que apoiaram a queda da presidente, mas não demonstram estar satisfeitos com Temer. Talvez um efeito da decisão do governo de importar café – o Espírito Santo concentra grande quantidade de produtores no Brasil e lidera o lobby na Câmara em relação ao tema.

Vejamos a lista desses 31 deputados:

Região Norte:

-> Alan Rick (PRB-AC)
-> Rocha (PSDB-AC)
-> Arnaldo Jordy (PPS-PA)
-> César Halum (PRB-TO)

Região Centro-Oeste:

Mandetta: contra Dilma, mas a favor do processo contra Temer.

-> Augusto Carvalho (SD-DF)
-> Flávia Morais (PDT-GO)
-> Mandetta (DEM-MS)

Região Nordeste:

-> Gonzaga Patriota (PSB-PE)
-> Antônio Jácome (PTN-RN)
-> Jony Marcos (PRB-SE)
-> Laercio Oliveira (SD-SE)

Região Sudeste:

-> Carlos Manato (SD-ES)
-> Dr Jorge Silva (Pros-ES)
-> Evair de Melo (PV-ES)
-> Paulo Foletto (PSB-ES)
-> Sergio Vidigal (PDT-ES)
-> Júlio Delgado (PSB-MG)
-> Lincoln Portela (PRB-MG)
-> Marcelo Álvaro Antônio (PR-MG)
-> Felipe Bornier (Pros-RJ)
-> Sergio Zveiter (PMDB-RJ)
-> Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ)
->  Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

Região Sul:

Heinze com Temer. (Foto: Agência Câmara)

-> Diego Garcia (PHS-PR)
-> Leopoldo Meyer (PSB-PR)
-> Sandro Alex (PSD-PR)
-> Afonso Hamm (PP-RS)
-> Heitor Schuch (PSB-RS)
-> Luis Carlos Heinze (PP-RS)
-> Onxy Lorenzoni (DEM-RS)
-> Esperidião Amin (PP-SC)
-> Jorginho Mello (PR-SC)

Alguns deputados que votaram pelo impeachment de Dilma estavam aptos a votar em agosto na denúncia contra Temer, mas se ausentaram. São eles:

Serraglio: do Ministério da Justiça para o absenteísmo.

-> Wilson Filho (PTB-PB)
-> Roney Nemer (PP-DF)
-> Gilberto Nascimento (PSC-SP)
-> Luciano Ducci (PSB-PR)
-> Osmar Serraglio (PMDB-PR)
-> Giovani Cherini (PDT-RS)

Alexandre Leite (DEM-SP) votou contra Dilma, mas se absteve na votação contra o atual presidente.

Os deputados Evair de Melo (PV-ES) e Weliton Prado (PMDB-MG) compuseram a Comissão Especial que aprovou o pedido inicial de processo contra a presidente, antes da ida ao plenário.

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