O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informa que, um ano depois, ninguém foi indiciado pela morte de Simiao Vilhalva Guarani Kaiowá, no dia 29 de agosto de 2015, em Antônio João (MS). Naquele dia a presidente do Sindicato Rural, Regina Silva, encerrou uma reunião – da qual participavam deputados ruralistas – e se dirigiu com dezenas de produtores para a Terra Indígena Ñanderu Marangatú. Ou, na visão deles, para as fazendas Barra e Fronteira. Cerca de 40 caminhonetes carregavam cem homens armados, informou o Correio do Estado. Simião estava à beira de um córrego e levou um tiro na cabeça. Tinha 24 anos. Esposa e filho passam dificuldades. Um bebê de 1 ano também foi baleado, mas sobreviveu. Inayê Guarani Kaiowá conta que no momento não estão ocorrendo ataques de fazendeiros. Porque os políticos estão à caça de votos. Os indígenas aguardam a homologação das terras pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também o fim da impunidade. Como diz Inayê: “Quando querem prender um da gente, tendo ou não tendo provas, é rápido: chegam, leva preso, divulga nos jornais. Já ao contrário..”


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