Contra governo Temer, movimentos do campo farão jornada em defesa da reforma agrária

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Fazenda de amigo de Temer já esteve ocupada pelo MST (Foto: Midia Ninja)

Segundo a Frente Brasil Popular, atos defenderão terras para o povo brasileiro, o retorno do MDA e das políticas públicas para a agricultura familiar

Os movimentos do campo irão às ruas e estradas na semana que vem contra o governo Temer. Em continuidade à manifestação marcada para domingo (04/08), em São Paulo, eles farão uma jornada nacional unitária em defesa da reforma agrária, das terras para o povo brasileiro, pela volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e das políticas públicas para a agricultura familiar.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela Frente Brasil Popular, que reúne organizações como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento Nacional dos Quilombolas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento Camponês Popular. A CUT e Federação Única dos Petroleiros estão entre as instituições que participam da frente.

A Frente Brasil Popular considera que já estão aparecendo as primeiras vítimas do golpe, agora “consolidado”. “O golpista impostor correu para a China e avisou que quando voltar começa a reforma trabalhista, para retirar direitos”, diz o comunicado da frente. “Aos ruralistas prometeu que vai mudar a lei, para permitir a venda de terras brasileiras ao capital estrangeiro”.

A extinção do MDA e a transferência da reforma agrária para a Casa Civil foram algumas das primeiras medidas de Temer, quando ele assumiu ainda como presidente interino.

Em carta para a presidente deposta, Dilma Rousseff, a Frente Brasil Popular escreveu que a ruptura da ordem democrática compromete a produção nacional de alimentos: “A agenda dos usurpadores rasga as garantias da Constituição de 1988 e afronta as conquistas obtidas durante os governos do presidente Lula e o da companheira, com o claro intuito de favorecer os interesses  das oligarquias financeiras, industriais, agrárias e midiáticas, aumentando seus lucros em detrimento dos trabalhadores e das camadas médias”.

Michel Temer nega que seja um golpista. Alega que a derrubada da presidente seguiu a Constituição.

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