Camponeses de RO apontam “maior roubo de terras do século”

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Ato em Rondônia reuniu mais de dez organizações; movimentos sociais falam de grilagem e da atuação de grupo de extermínio no estado

Os camponeses de Rondônia – estado com maior número de assassinatos no campo, hoje no Brasil – fizeram um ato na sexta-feira (10/02) para divulgar a violência na região. A imprensa brasileira ignorou. Os organizadores disseram que os ataques contra a Liga dos Camponeses de Rondônia e Amazônia Ocidental têm “o claro objetivo de criminalizar e demonizar os camponeses e suas organizações para perpetrar massacres como os que vêm ocorrendo nos presídios brasileiros”.

A notícia foi divulgada pelo jornal A Nova Democracia: “RO: ato público em Jirau“. A nota oficial da Associação Brasileira dos Advogados do Povo (Abrapo), do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres (LCP) pode ser lida aqui: “Apoiar os camponeses de Rondônia!

“Estes ataques são para esconder o maior roubo de terras neste século no Brasil, que está em curso com a tentativa de legalizar documentos de terras públicas griladas por latifundiários e que são em torno de 80% do território de Rondônia”, afirma a nota. “A trama é passar as terras da União para o Estado, que as dividiria entre a quadrilha de latifundiários que controla também os cartórios, fóruns e quartéis da polícia de Rondônia”.

Os camponeses apoiam também as lutas de povos indígenas pelo Brasil, em particular as dos Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, e se colocam contra a reforma da previdência e a retirada de direitos trabalhistas, coordenadas pelo que chamam de “quadrilha de Temer”.

Segundo o jornal A Nova Democracia, as lideranças presentes no ato disseram que o estado de Rondônia “age apoiando e organizando grupos paramilitares para perseguir e assassinar camponeses”. Os camponeses pretendem formalizar denúncias nacionais e internacionais contra o governador Confúcio Moura (PMDB) e contra o comandante da PM, coronel Ênedy Dias de Araújo.

O número de assassinatos políticos no campo aumentou em 2016, lembra o jornal. Foram 60 casos no Brasil. Um terço deles em Rondônia. O que teve maior repercussão foi a execução da militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Nilce de Souza Magalhães. Ela foi encontrada amarrada a uma pedra, em junho, no lago da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho.

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