Animais tiveram uma morte lenta e sofrida no Mato Grosso do Sul; no Paraná, fiscais encontraram 400 bovinos morrendo de inanição
Cerca de 1,1 mil cabeças de gado já morreram por intoxicação alimentar desde quarta-feira em uma fazenda de Ribas do Rio Pardo, a 40 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Laudo da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que investiga o caso, aponta botulismo na ração de milho fornecida ao rebanho. Foram identificadas a presença das toxinas botulínicas dos tipos C e D, que afetam o sistema nervoso dos animais e provocam uma morte lenta e sofrida.
Técnicos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) levaram dois animais doentes para o Departamento de Medicina Veterinária da UFMS e os mantêm em observação no intuito de descobrir se eles reagem a algum tipo de tratamento, informa o G1. Segundo a Iagro ainda faltam os laudos das vísceras e do conteúdo estomacal dos animais mortos, que só devem ficar prontos na semana que vem.
Como os animais estavam confinados e prontos para o abate, calcula-se que o criador Persio Ailton Tosi, da fazenda Monica Cristina, tenha de arcar com prejuízo de R$ 2 milhões. Um prejuízo que poderia ter sido evitado caso os responsáveis notassem que a ração de milho servida ao gado estava embolorada.
MORTOS POR FOME
Enquanto o alimento contaminado provoca mortandade no Mato Grosso do Sul, perto da divisa do estado com o Paraná, no distrito de Carbonera, a Polícia Ambiental e a Vigilância Sanitária encontraram animais mortos em decorrência de fome e constaram que cerca de 400 animais definham por inanição, informa o Massa News. Foram encontradas várias carcaças bovinas na propriedade e apenas o caseiro estava no local no momento em que as equipes chegaram. O dono deve responder na Justiça por maus tratos contra os animais.