Bancada ruralista já emplacou sete deputados no governo Bolsonaro

In Bancada Ruralista, De Olho na Política, De Olho no Agronegócio, Em destaque, Principal, Últimas
Apoio eficaz: Onyx e Tereza serão ministros. (Foto: Reprodução)

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) demonstram força e disputam com os militares o domínio na Esplanada; três ruralistas entram como braços-direitos de Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina na Casa Civil e na Agricultura

Por Igor Carvalho

Com a indicação do almirante Bento Costa de Albuquerque para o Ministério de Minas e Energia, já são vinte ministros anunciados por Jair Bolsonaro. Quatro deles são filiados à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o que demonstra a influência que o setor terá junto ao próximo presidente. A face institucional da bancada ruralista ainda terá um secretário-executivo do Ministério da Agricultura e dois secretários especiais na Casa Civil.

Ainda no dia 2 de outubro, antes mesmo do primeiro turno da eleição, a bancada ruralista manifestou apoio à candidatura de Bolsonaro. Agora eleito, o ex-militar tratou de recompensar o suporte que recebeu e nomeou Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da FPA e deputada federal, para ministra da Agricultura.

Montes presidiu a FPA e será número 2 do Mapa. (Foto: Reprodução)

O deputado federal Marcos Montes (PSD-MG) será secretário-executivo do Ministério da Agricultura. Ex-presidente da FPA, ele teve uma considerável evolução patrimonial na vida política: saiu de R$ 1,7 milhão em bens em 2006 para R$ 4,9 milhões, em 2018.

Montes terá status de vice-ministro, segundo Tereza Cristina. O outro secretário com esse status será o presidente da União Democrática Ruralista, Nabhan Garcia: “Sogro de Nabhan Garcia comprou 67 mil hectares de terras indígenas no Mato Grosso nos anos 80“.

RURALISTAS FARÃO PONTE COM O CONGRESSO

Braço direito de Bolsonaro desde a campanha, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) assumirá a Casa Civil. O gaúcho foi articulador do programa que refinanciou as dívidas dos ruralistas com União, beneficiando-se com um desconto de 62% em seus débitos de R$ 606,5 mil com os cofres públicos.

Lorenzoni nomeou para a linha de frente da Casa Civil outros dois deputados federais ligados ao agronegócio: Leonardo Quintão (MDB-MG) e Carlos Manato (PSL-ES). Ambos são da FPA. Eles serão os secretários especiais na relação do governo, respectivamente, com o Senado e a Câmara.

Quintão foi relator do Código da Mineração. Sua família é sócia de quatro mineradoras e cria avestruzes. Outro filiado à FPA que garantiu chefia de ministério é Osmar Terra (MDB-RS), que comandará a pasta da Cidadania. Ele é ministro do Desenvolvimento Social do governo Temer.

O ministro da Saúde será o fazendeiro e ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Deputado federal, ele não concorreu à reeleição. Acusado de fraude em licitação, tráfico de influências e caixa 2, o parlamentar será mais um representante da FPA na Esplanada.

Os militares indicados por Bolsonaro são: Almirante Bento Costa Albuquerque (Minas e Energia); General Carlos Alberto dos Santos (Secretário do Governo); General Fernando Azevedo e Silva (Defesa); Tenente-coronel da FAB Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia); e General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

You may also read!

Expulsão de camponeses por Arthur Lira engorda lista da violência no campo em 2023

Fazendeiros e Estado foram os maiores responsáveis por conflitos do campo no ano passado; despejo em Quipapá (PE) compõe

Read More...

Estudo identifica pelo menos três mortes ao ano provocadas por agrotóxicos em Goiás

Pesquisadores da Universidade de Rio Verde identificaram 2.938 casos de intoxicação entre 2012 e 2022, que causaram câncer e

Read More...

Quem é César Lira, o primo de Arthur demitido do Incra

Exonerado da superintendência do Incra em Alagoas, primo do presidente da Câmara privilegiou ações em Maragogi, onde planeja disputar

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu