O agro é voraz: novo vídeo da campanha ‘Riquezas são diferentes’ evidencia conflitos gerados pelo agronegócio

In De Olho nos Conflitos, Em destaque, Grilagem, Povos Indígenas, Principal, Quilombolas, Sem categoria, Sem-Terra, Últimas

O apetite por novas terras e o rastro de violência deixado no campo são temas da terceira peça da série; observatório divulga o boletim De Olho nos Conflitos

O vídeo “O Agro é voraz” mostra como o modelo agrário defendido pelos ruralistas, baseado na monocultura em larga escala e no expansionismo territorial, impacta as vidas de indígenas, quilombolas, camponeses e demais povos tradicionais. A peça dá sequência à campanha ‘Riquezas são diferentes’, que questiona a campanha O Agro é Pop, da TV Globo. Os conflitos no campo são tema de uma das principais editorias do De Olho nos Ruralistas.

A eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em outubro aumenta a preocupação de que haja uma nova escalada na violência no campo. Apenas no fim de semana da vitória de Bolsonaro foram registrados cinco ataques a comunidades indígenas e assentamentos da reforma agrária.

Os temores são motivados pelo posicionamento do novo presidente. Ele já afirmou que “não haverá um centímetro a mais” demarcado para quilombolas e indígenas e fala em tratar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) como um grupo terrorista. “Se for necessário prender 100 mil, qual o problema?”, perguntou seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal mais votado do Brasil.

A violência no campo não vem de hoje. Ela tem uma raiz histórica, oriunda da grilagem de terras públicas, da expulsão dos indígenas, da exploração de mão de obra escravizada e do violento processo de êxodo rural. Tudo isso para que as terras gerem riquezas para uma elite rural.

A campanha, lançada em agosto pelo De Olho nos Ruralistas, usa como mote um trecho da música “Miséria”, dos Titãs, para mostrar que monocultura é monocultura em qualquer lugar, mas ‘Riquezas são diferentes’. O primeiro vídeo fala sobre as condições precárias do trabalho no campo e a bancada ruralista. O segundo busca entender a relação de interdependência entre a monocultura e o uso intensivo e agrotóxicos.

VÍDEOS DIVULGAM EDITORIAS DO OBSERVATÓRIO

Lançado em setembro de 2016, De Olho nos Ruralistas teve uma pré-história em 2013 e 2014, com programas de entrevistas transmitidos ao vivo. Estruturou-se a partir de uma vaquinha virtual, há dois anos, e, desde o ano passado, mantém no ar a campanha de assinaturas intitulada inicialmente – até se atingir a primeira meta – De Olho nos Mil Parceiros.

As assinaturas podem ser feitas a partir de R$ 12 mensais, ou R$ 120 anuais. Por esse valor cada leitor recebe um boletim analítico semanal, chamado De Olho nos Ruralistas, com uma seleção do que é publicado nos quatro boletins diários: De Olho no Agronegócio, De Olho no Ambiente, De Olho na Comida, De Olho nos Conflitos.

Para receber os boletins diários é preciso doar pelo menos R$ 25 mensais, ou R$ 250 anuais. Ao longo dos últimos dois anos selecionamos milhares de notícias em cada tema, ajudando a tornar o debate sobre agricultura mais amplo.

You may also read!

Prefeitura de SP nega superfaturamento e diz que obra de R$ 129 milhões segue “ritos legais”

Investigada por irregularidades, Ercan Construtora foi contratada para obra emergencial em talude na comunidade Morro da Lua, no Campo

Read More...

Os Gigantes: com apoio de prefeitos, projetos de carbono violam direitos de comunidades tradicionais

De Olho nos Ruralistas mapeou 76 projetos de emissão de créditos de carbono em 37 dos cem maiores municípios;

Read More...

Os Gigantes: em Corumbá (MS), prefeito faz lobby por hidrovia que ameaça áreas protegidas do Pantanal

Marcelo Iunes pressiona por obras na hidrovia do Rio Paraguai, que enfrenta pior seca em 51 anos, e pela

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu