Vídeo mostra a participação dos militares no governo genocida

In De Olho na Política, De Olho nos Retrocessos, Em destaque, Governo Bolsonaro, Principal, Últimas

Série do De Olho nos Ruralistas aponta as trapalhadas dos militares que chegaram ao poder com Bolsonaro; negacionistas e incompetentes para gerir a crise da pandemia, os generais não demonstram a mínima familiaridade com o propósito de salvar vidas

Por Alceu Luís Castilho

Depois de apontar o papel do mercado no massacre em curso no Brasil, a série De Olho no Genocídio foca na participação das Forças Armadas nesse projeto de destruição e poder. Após a eleição de Jair Bolsonaro, o governo tornou-se militar, espalhando-se por órgãos públicos, estatais e autarquias. Os chefes desses soldados ocupam cargos importantes no governo federal e mantêm como prioridade a manutenção dessa influência — à margem de um eventual objetivo de salvar a vida de centenas de  milhares de brasileiros.

O vídeo explicita os discursos ao mesmo tempo autoritários e confusos de pessoas como Augusto Heleno, um bolsonarista de carteirinha, os conspiradores Santa Cruz e Villas Bôas, o negacionista Eduardo Pazuello, o chapa-branca Braga Netto, todos respaldados pela figura do vice-presidente Hamilton Mourão. Focados ou perdidos? O título “Perdidos na Selva” — inspirado em música de 1981 da banda Gang 90 — traz a visão do observatório a respeito, a partir das falas dos próprios protagonistas.

Essa confusão verde-oliva, pouco recomendável para quem se propõe a utilizar armas, ocorre em meio a alguns focos específicos, a começar do gosto pelo poder. As atitudes e falas desses personagens vão revelando ecos macabros da ditadura de 1964, celebrada por Jair Bolsonaro desde muito antes de assumir a Presidência da República. Um regime que naturalizava as violações de direitos humanos, a tortura, em pleno diálogo com a violência dos tempos de pandemia.

Confira o vídeo:

VÍDEOS MOSTRAM AS VÁRIAS FACES DO MASSACRE

Há um mês, o observatório estreou uma série de vídeos sobre o genocídio em curso no Brasil. O primeiro expôs um panorama do genocídio em curso, com ênfase no governo Bolsonaro, no papel do próprio presidente e na necessidade de mobilização para que ele seja responsabilizado, nacional e internacionalmente: “Brasil precisa se organizar para punir Bolsonaro“.

O segundo vídeo apontou o racismo e o expansionismo expressos desde antes das eleições de 2018 e multiplicado pelo governo em pequenos e grandes gestos, do white power aos projetos de lei contra os povos originários: “Vídeo mostra lógica supremacista do governo Bolsonaro”. Em sequência, um terceiro vídeo apoiou com ênfase a  necessidade de um isolamento nacional, rigoroso, eficaz, para estancar o crescimento das mortes no país: “Lockdown amplo e eficaz já é uma emergência“.

O quarto vídeo fala especificamente de um personagem pouco explorado, diante da blindagem feita pela imprensa comercial, sua aliada: o mercado. O capital é peça chave no combate ao lockdown, ou mesmo na difusão do negacionismo, a partir de alguns de seus representantes particularmente gananciosos e inescrupulosos: “É o capital que banca Bolsonaro e o massacre“.

De Olho nos Ruralistas definiu em junho de 2020 sua cobertura da pandemia como uma cobertura de genocídio. A decisão de fazer uma série de vídeos sobre o tema decorre da emergência que vive o Brasil. A posição editorial é clara, em defesa da punição daqueles que comandam a matança.

Em julho de 2020, o observatório colocou no ar a série Esplanada da Morte. Sobre o papel de vários ministros do governo Bolsonaro, entre outros integrantes do governo, como o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), ou mesmo de outros integrantes do poder público, da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Alceu Luís Castilho é diretor de redação do De Olho nos Ruralistas. |

LEIA MAIS:
De Olho nos Ruralistas faz série de vídeos sobre o genocídio no Brasil
Vídeo mostra lógica supremacista do governo Bolsonaro
Brasil precisa de lockdown imediato para salvar centenas de milhares de vidas
Vídeo mostra papel do mercado e dos empresários no genocídio

You may also read!

Apenas 1/3 da cúpula ruralista votou pela prisão de Chiquinho Brazão

Entre 48 deputados que integram cargos de comando na Frente Parlamentar da Agropecuária, 20 votaram contra a detenção do

Read More...

Gigantes da moda usam algodão “sujo” do Cerrado em suas roupas

Pesquisa da ONG Earthsight identificou que as marcas Zara e H&M, líderes mundiais no setor, usam matéria-prima oriunda dos

Read More...

Dossiê “Arthur, o Fazendeiro” é finalista do prêmio Megafone

Pesquisa sobre a face agrária do presidente da Câmara analisou o domínio territorial e político dos clãs Pereira e

Read More...

Leave a reply:

Your email address will not be published.

Mobile Sliding Menu